quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A vergonha e a discriminação

 A pior vergonha é: a de si mesmo. Talvez quando nos aceitamos pelo que somos as coisas sejam mais fáceis, até mesmo para lidar com a repressão de terceiros.
 Indignação de ritmos musicais, estilo de roupa, aparência, gostos. É um punhado de recriminação contra coisas tão banais, que deveriam ser vistas com naturalidade. Vergonha é ser corrupto, ladrão, usar toga e agir como um delinquente.
 Afogamo-nos em nossa própria bolha d’água pelo simples fato de que o mundo, egoísta e guloso, nos impõe seus deveres e princípios. Presos em uma molécula, cercados de imposições cruéis em um oceano vasto e desigual.
 Homossexualismo, deficiências físicas ou mentais, comportamentos incomuns (porém, produtivos) taxados como vergonha. Vergonha de que, ou de quem? Quem cede ao ladrão à liberdade de corrigir aquele que rouba?
 Falta liberdade, oxigênio para afrouxar nosso reflexo real. Falta para o humano : ser humano.

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