domingo, 20 de março de 2011

Seguro pela estrada

 Sou quase como algum heroi desses contos em quadrinhos com o poder da invisibilidade.Não,eu não sou invisível,mas é como se fosse na maioria das vezes.Sempre em um canto,sempre jogado,sempre lá.Um tão insignificante,dois tão indiferentes.Se soubesse minha importância,se soubesse a quantidade de doenças que ''evitei'' e continuaria a evitar.Bom,isso até o homem substituir-me por algo ''melhor'' como ''sempre'' fez.
 Acho que meu tempo está ficando no passado,isso porque nunca deixei de ser confortável e pratico em inúmeras situações.O problema de agora é mudança,tudo está sendo adequado as tendências da moda e algum dia, creio que não muito distante, não combinarei com a atualidade moderna.
 Penso na quantidade de gente que gostaria de ter-me e não pode.Uns por invalidade, outros representando uma parcela que só tem dinheiro do pão e quando por exceção do destino estou juntos a eles, não sou eu dignamente,mas restos.É quase impossível não saber da minha existência, vivo em propagandas. Amarelo,azul,vermelho,cinza,
preto,falando até!
 Em viagens pouco levado ou mesmo lembrado, em casa quase constantemente no mesmo lugar ou perdido em um compartimento do ambiente.Geralmente meninos gostam,já meninas fazem cara feia.E em dias doentes,quem é lembrado e usado?Quando crianças a mãe sempre gritando '' por que esses pés descalços? Você não sabe que vai entrar bichinhos neles?''
 Sou de muitas marcas,representando tantos nomes,do pequeno pezinho do bebê, ao grande do papai.Livrando seu pé,seu corpo do contato com a sujeira da rua,do contato com a sujeira do mundo.Por enquanto continuo a ser chamado de :chinelos. Porém, minha função de cuidar está dando espaço a estética do mundo ''ideal''.Sou quase como algum heroi desses contos em quadrinhos com o poder da invisibilidade.Não,eu não sou invisível,mas é como se fosse na maioria das vezes.Sempre em um canto,sempre jogado,sempre lá.Um tão insignificante,dois tão indiferentes.Se soubesse minha importância,se soubesse a quantidade de doenças que ''evitei'' e continuaria a evitar.Bom,isso até o homem substituir-me por algo ''melhor'' como ''sempre'' fez.
 Acho que meu tempo está ficando no passado,isso porque nunca deixei de ser confortável e pratico em inúmeras situações.O problema de agora é mudança,tudo está sendo adequado as tendências da moda e algum dia, creio que não muito distante, não combinarei com a atualidade moderna.
 Penso na quantidade de gente que gostaria de ter-me e não pode.Uns por invalidade, outros representando uma parcela que só tem dinheiro do pão e quando por exceção do destino estou juntos a eles, não sou eu dignamente,mas restos.É quase impossível não saber da minha existência, vivo em propagandas. Amarelo,azul,vermelho,cinza,
preto,falando até!
 Em viagens pouco levado ou mesmo lembrado, em casa quase constantemente no mesmo lugar ou perdido em um compartimento do ambiente.Geralmente meninos gostam,já meninas fazem cara feia.E em dias doentes,quem é lembrado e usado?Quando crianças a mãe sempre gritando '' por que esses pés descalços? Você não sabe que vai entrar bichinhos neles?''
 Sou de muitas marcas,representando tantos nomes,do pequeno pezinho do bebê, ao grande do papai.Livrando seu pé,seu corpo do contato com a sujeira da rua,do contato com a sujeira do mundo.Por enquanto continuo a ser chamado de :chinelos. Porém, minha função de cuidar está dando espaço a estética do mundo ''ideal''.